quinta-feira, 25 de novembro de 2010

“Uma cidade sem praça não é uma cidade”

por Catarina Schneider, Igor Almeida, Lucas Peixoto e Mariana Viana



As capitais do país estão ficando cada vez mais cinzas. O processo de urbanização acelerado segue o ritmo frenético das grandes metrópoles nacionais. E com Aracaju não é diferente. A capital sergipana está sendo tomada por selvas de concreto e as áreas verdes estão cada vez mais inexistentes. Além disso, o trânsito intenso e a poluição contribuem para prejudicar a qualidade de vida. Por isso, a melhor solução das pessoas é fugir para as praças, únicos locais em que se tem o contato com o verde.

Existem grandes praças espalhadas pela cidade e a equipe do Blog Fotografia UFS resolveu visitar quatro delas para mostrar o que a população acha das praças e qual a importância delas em suas vidas.

Estátua de Camerino
A primeira foi a Praça Camerino, localizada no centro de Aracaju, próximo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE). Com muitos buracos e muitas paredes pichadas, ela foi a pior das quatro observadas no quesito ‘beleza’. Segundo o estudante Alan de Brito, a praça necessita de reformas, bem como maior segurança para evitar a destruição deste patrimônio e assaltos. “O estado tem que reformar e fiscalizar, o que não está fazendo. Não há policiais. É muito raro. Por isso, às vezes acontecem assaltos devido à falta de movimento, principalmente à noite”, afirma.

Vista geral da Praça Camerino
Já para a vendedora de milho possui uma forte identificação com a praça. Mesmo não faturando muito durante o mês, o local na qual trabalha há 10 anos já faz parte da sua vida. “Eu passei um tempo sem trabalhar e acabei ficando com depressão. Ai o médico disse para eu voltar para praça. Eu gosto daqui. Não ganho esse dinheiro todo, mas com o que eu ganho eu sou feliz porque converso com todo mundo, brinco, o dia passa, vou para casa, durmo, e no outro dia estou aqui de novo”, conta.


De todas as praças, essa foi quem teve a menor nota no quesito 'beleza'
Seguindo o trajeto, a segunda praça visitada foi a Praça da Bandeira. Localizada também no centro, próxima ao Colégio Amadeus, seu maior símbolo é a bandeira nacional fincada no meio da praça. Além da boa estrutura, com parque infantil, a praça também se constitui como um ponto de comércio ativo. Lá encontram-se lanchonetes, floriculturas e vendedores ambulantes. 

A bandeira do Brasil se encontra no centro da praça
Criança se diverte com o pai
Segundo o vendedor de flores, praças são essenciais nas cidades. “Uma cidade sem praça não é uma cidade. Fica sempre faltando algo importante. Ela trás sombra, lazer e dá até pra meditar”. Já para o estudante Marcelo dos Santos, o local proporciona um algo a mais. “Já vim namorar na praça. Aqui é um lugar bonito, com muitas árvores e belas mulheres.
Vista geral da Praça da Bandeira

Poste de iluminação característico da Pça. da Bandeira
Placa da floricultura da praça
 
Floricultura localizada na Praça da Bandeira

  
Ornamento para enfeitar jardins
Saindo da Praça Bandeira, tomamos o rumo da mais nova. A Praça Zilda Arms, inaugurada em 1º de julho desse ano pelo Governador Marcelo Déda e o Prefeito Edvaldo Nogueira. Estava vazia, mas a sua beleza pode ser destacada nas fotos abaixo.
 
Praça leva o nome da sanitarista brasileira Zilda Arms
De todas, a praça Zilda Arms é a mais nova

Área para o lazer das crianças

E encerramos a matéria na praça Tobias Barreto, localizada na avenida Augusto Maynard, no Bairro São José. Fomos recepcionados pela estátua do saudoso poeta e filósofo sergipano Tobias Barreto de Menezes. Apesar de bem conservada e arborizada, os cercados onde se podia encontrar uma grande variedade de aves, estão abandonados e sem nenhum animal.

A recepção é feita pela estátua de Tobias Barreto
Gaiola onde ficavam os animais
 
Visão panorâmica da Praça Tobias Barreto

Praça bem conservada e arborizada

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