terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Trânsito em Aracaju se torna um transtorno.

Dirigir em Aracaju está cada vez mais difícil. Carros, motos e veículos de grande porte dividem espaços em avenidas estreitas.

Por Janaina Assis

 Foto Janaina Assis - Congestionamento

Nós últimos anos com o crescimento da população da cidade de Aracaju cresceu também o número de carros na rua. Conseqüentemente o fluxo do trânsito piorou já que as medidas para comportar a quantidade de veículos são tomadas a passos de tartaruga.

Foto Janaina Assis- Ruas estreitas

Aracaju segundo dados do IBGE divulgados no dia 29/11/10 possui 570.937 mil habitantes, segundo dados do Detran- SE a frota de veículos de Aracaju (dados de agosto/2010) é de 199.484 mil (entre veículos de pequeno e grande porte) o que nos da a seguinte informação temos hoje 1 carro a cada 2,8 habitantes em Aracaju. Em apenas um ano, de junho de 2009 a junho de 2010, o número de carros cresceu 19,11%. Dados alarmantes visto que a população na sua grande parte é usuária do sistema de transporte integrado oferecido pelo estado que também anda mal das pernas.

 Foto Janaina Assis - Carros e motos circulam sem controle

Como foi dito as soluções vem sendo tomadas de forma lenta já que a cidade apesar de “planejada”, possui ruas muito estreitas para o escoamento do fluxo nos horários de pico. Alternativas como ciclovias (que em Aracaju totalizam 50km) e a carona amiga tem sido adotadas por algumas pessoas como forma de evitar os congestionamentos que chegam a causar atrasos de 1 hora ou mais em percursos que em horários normais se leva 15 minutos.

 Fotos Janaina Assis - Cruzamentos em horário de pico

Boa parte da culpa do aumento da frota tem sido as facilidades oferecidas pelas fábricas de automóveis na aquisição de veículos, Aracaju além de ter aumentado a frota tem uma das frotas mais novas do país, circulando pela cidade se vê poucos carros antigos e muitos carros de médio porte como caminhonetas e minivans, o que mostra que o poder aquisitivo da população também tem aumentado.


Ativo na melhor idade.

 Pilates, um forte aliado para manter a saúde na terceira idade.
 Por Janaina Assis

Os benefícios do pilates tem sido muito difundido nos últimos anos, e um grupo especifico tem aderido a modalidade, a terceira idade ou na nova nomeclatura a melhor idade. Esse grupo tem descoberto no Pilates uma forma de manter a saúde e a mobilidade para a prática das atividades funcionais.  
Com o passar dos anos as pessoas perdem massa muscular e óssea, o que diminui o equilíbrio, flexibilidade e outros aspectos. Para a 3ª idade, os benefícios do pilates agem exatamente sobre esses pontos, trazendo melhora da autoestima, da qualidade de vida e do bem-estar.
Fotos Janaina Assis - fortalecimento muscular com aparelhos

Os médicos e profissionais da saúde começam a reconhecer os benefícios do Pilates e avaliam seus resultados de maneira positiva, incorporando-o como uma terapia de eleição em seus tratamentos e variações de terapia física. O Pilates surge como opção ideal por não apresentar quase nenhuma contra-indicação e ajuda a trabalhar o equilíbrio, a coordenação e a força muscular.


Foto Janaina Assis - Exercícios orientados

 “O pilates é uma técnica de reeducação do movimento, composto por exercícios profundamente alicerçados na anatomia humana, capaz de restabelecer e aumentar a flexibilidade e a força muscular, melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir doenças”. Diz Carol professora do Studio Mandala.


Fotos Janaina Assis - Equilibrio e coordenação 

Benéficios da prática do Pilates na melhor idade:

•    Aumentar a flexibilidade, executando movimentos mais fluidos que proporcionem maior agilidade, fundamental para cada atividade diária sem provocar fadiga.
•    Equilibrar os grupos musculares antagonistas e melhorar o posicionamento corporal através de exercícios de alongamentos leves.
•    Ganhar a amplitude de movimentos, melhorando a função articular e liberando estruturas rígidas. 
•    Proporcionar um melhor alinhamento postural mediante o ganho de equilíbrio muscular para prevenir lesões ou evitar padrões de movimentos incorretos, os quais, com o passar do tempo, incorporam posicionamentos danosos em seu esquema corporal.

•    Realizar trabalhos musculares controlados com o intuito de melhorara a nutrição, a oxigenação dos músculos e a qualidade de sua função.
•    Possibilitar a reeducação postural que permita incorporar hábitos de vida saudáveis, diminuindo os fatores de risco que podem levar a lesões.

•    Acrescentar a rotina diária uma atividade recreativa diferente, fazendo com que a mente se encontre mais relaxada, gerando uma diminuição da ansiedade e do nervosismo provocados pelo estresse e pelas tensões do dia a dia.

Os resultados com a prática da atividade são rapidamente visíveis: “Durante as primeiras sessões já existe uma melhora do sono, aumento do trabalho muscular, aumento do relaxamento, sensação de bem estar, tudo isto em pouco tempo, começam a mostrar uma melhora notável do tônus muscular, aumento da flexibilidade, correção postural, relaxamento consciente, melhora da circulação e bem estar geral com aumento dos níveis de energia” Fala Carol.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Natal chegando, dinheiro voando.

Sergipanos saem as compras nos grandes centros comerciais de Aracaju.

Por Janaina Assis

Foto Janaina Assis

Quem não gosta de receber uma lembrancinha? Festas de fim de ano chegando e décimo terceiro no bolso, a tentação de fazer aquele sonho de consumo se tornar real aumentam o desejo de consumo de toda a população. Esse é um dos períodos onde os faturamentos das lojas triplicam por conta das festas de confraternização, natal e o dinheiro na mão. Todos saem à procura das melhores opções de presentes e lotam os centros comerciais e shoppings na busca o objeto cobiçado.



Fotos Janaina Assis - Shopping Riomar

Os shoppings de Aracaju já montaram um esquema de funcionamento ampliado por conta desse período, a partir do dia 19/12 estarão abertos da 9hrs às 23hrs para atender a toda demanda de consumidores e cada um tem seu atrativo extra, o Shopping Jardins está sorteando um apartamento e o Riomar três carros. Para os consumidores isso é um incentivo a mais para ir ao shopping ao invés do centro.

Foto Janaina Assis - Shopping Riomar
Para não cair em tentação e começar o ano sem grandes dívidas é necessário muita pesquisa e a boa e velha listinha de presentes, planejar nessa hora se torna fundamental para não acabar saindo do orçamento e não tornar o Natal feliz em Natal endividado. E para os menos ansiosos fica a dica, vale a pena esperar pelas liquidações de fim de ano que começam logo após o Natal, é uma oportunidade de gastar menos e comprar mais.

 

domingo, 12 de dezembro de 2010

UM FUTURO ATRAVÉS DO VÔLEI

Atleta de Vôlei de Praia cria centro de treinamento de vôlei em São Cristovão

Por Janaina Assis

A atleta de vôlei de praia Maria Aparecida, mas  conhecida como Cida, esse ano conseguiu realizar um antigo sonho construir o Centro de Treinamento de Vôlei de Praia -  Cida Vôlei, um espaço onde a atleta (recém formada em Serviço Social) treina e mantém um projeto social onde ela ensina vôlei as crianças e adolescentes de São Cristovão.


Foto Janaina Assis - Cida

Cida descobriu o vôlei aos 16 anos numa colônia de férias onde despertou o interesse de um técnico que viu sua aptidão para o esporte e trouxe a atleta para o colégio Costa e Silva em Aracaju para estudar  e  jogar vôlei de quadra. A partir disso ela foi chamada para outros colégios pelos quais ganhou diversos títulos até ser convocada para a seleção sergipana pelo prof. Vax onde disputou torneios brasileiros e regionais dos quais se sagrou campeã em quase todos.  Em 97 engravidou de Eduarda, motivo que a afastou das quadras por três anos, foi quando decidiu jogar vôlei de praia que é a modalidade mais rentável financeiramente disputando o Circuito banco do Brasil. Inicialmente como não tinha condições de disputar todas as etapas Cida priorizava as etapas nos estados perto de Sergipe, hoje Cida após alguns anos treinando e se dedicando exclusivamente ao vôlei de praia ela é a oitava do ranking nacional e se mantém através das premiações obtidas nos campeonatos já que não possui patrocínios.


Foto Janaina Assis - Cida e sua parceira no Circuito Banco do Brasil etapa Búzios/RJ


O Projeto Social em São Cristovão surgiu quando Cida percebeu que as crianças de São Cristovão se interessavam pelo esporte que ela praticava, eles iam ajudar ela nos treinamentos, mas a quantidade de crianças em um determinado momento foi tão grande que acabava “atrapalhando”. A partir disso ela criou a escolinha que existe há 7 anos e funcionava num terreno em frente a casa da atleta onde ela treinava e dava aula as crianças das comunidade.
 
Foto Janaina Assis - Cida passando orientações para suas atletas no torneio sub-17 

Esse ano a atleta construiu em um terreno próprio o CT (Centro de Treinamento) Cida Vôlei, uma área com toda a infraestrutura para a prática do vôlei, espaço que  treina e ensina a seus alunos. Esse projeto hoje é um dos mais respeitados em São Cristovão, pois mantém longe das drogas e da criminalidade 60 crianças e adolescentes que tem no esporte a possibilidade de um futuro melhor. “A escolinha nos mantem longe da malandragem”, diz um dos alunos do projeto.  “ É muito bom ver que essas crianças estão longe das coisas ruins que a vida apresenta, me sinto responsável por cada aluno meu e incentivo aos pais a participarem disso também”, fala Cida.

Foto Janaina Assis - Alunos do Projeto

Alguns jovens talentos já estão despontando nos torneios em Sergipe. Um desses talentos é a sua filha Eduarda que desde cedo já segue os passos da mãe e é a grande promessa do vôlei sergipano para os próximos anos.
 Foto Janaina Assis - Cida e sua filha Eduarda

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Bicen enfrenta problemas na estrutura


Inaugurada em 11 de agosto de 1979, a Biblioteca Central (Bicen) conta hoje com um acervo de mais de 150.000 exemplares e com o mesmo espaço físico de 30 anos atrás, quando a quantidade de alunos era bem menor.

Grande parte dos estudantes da UFS, que usam o Bicen, como fonte de pesquisa, encontra dificuldade em localizar os volumes nas prateleiras. É na biblioteca, no entanto, que a maioria dos alunos  procuram as principais obras de estudo, seja pela forma complicada como o sistema interno funciona, ou pela falta de volumes de uma mesma obra, muitos estudantes simplesmente não encontram os livros.
Nossa equipe entrevistou o aluno Cesar Silva Menezes, graduando de Artes Visuais , do segundo período:
Blogufs: Você freqüenta a Bicen com regularidade?
Cesar: Sim, sim.Pelo menos 2 vezes na semana eu venho a biblioteca
Blogufs:O que você acha do espaço, você encontra o que procura sempre?
Cesar: O espaço do Bicen é muito bom!Aqui eu tenho computadores com internet, e o acervo da biblioteca para pesquisar. Eu sinto alguma dificuldade em encontrar os livros. Existem muitas prateleiras que o numero de chamada da um salto e então não dá para encontrar a obra.Alguns volumes são muito antigos e muito estão rasgados.Isso por que o próprio aluno, não tem cuidado com o livro.
Além dos problemas com o acervo, sua distribuição e sua manutenção, a UFS vem passando por uma fase de expansão nos últimos anos, sobre esse maior numero de alunos, a Diretora da Bicen Rosa Viera conversou com o site  empautaufs.wordpress.com:
Rosa Viera: Com a expansão, a universidade e, conseqüentemente, a biblioteca tiveram que suportar mais gente, com mais trabalho. Foi só essa a diferença que a expansão trouxe para a BICEN. Ás vezes eu vejo as pessoas fazendo filas enormes em certos horários para pegarem os livros. Eu fico até com vergonha por causa desse tipo de situação, mas é a estrutura que não permite que trabalhemos melhor. A gente sempre tenta tomar providências, pedir, fazer ofícios para o reitor apresentando a deficiência das máquinas, mas de nada adianta. Há um projeto que está em andamento desde janeiro deste ano para aumentar o espaço físico, mas mesmo assim é pouco e só começou agora, ou seja, um atraso muito grande.
Por: Jean Marcel, Sofia, Julia Martin

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Projeto Acesso encerra suas atividades do ano

Chega ao fim mais um período de um dos projetos de maior incentivo à democratização das artes circenses e teatrais em Aracaju.
Casa Rua da Cultura: onde acontecem as oficinas do Projeto Acesso

Por A nne Samara Torres, Larissa Regina e Lorena Larissa 
   Projeto Acesso é o nome dado ao conjunto de oficinas de circo e de teatro realizadas na Casa Rua da Cultura e promovidas pela Cia de Teatro Stultífera Navis.  Com uma irrisória taxa de inscrição por 4 meses de aula ou então com aulas gratuitas durante as férias,  o projeto, que não têm um público específico, já viu passar pelo seu terreno mais de 800 alunos das mais diferentes idades e classes sociais desde que foi criado em 2007.
   Segundo o diretor da companhia e um dos fundadores do projeto, Lindemberg Monteiro, a idéia de dar aulas de teatro e de circo nasceu ao acaso “Um dia estava eu e Marcelo, um dos atores da Cia, na frente da Casa Rua da Cultura e vimos um monte de jovens aqui na praça em frente, um monte de estudantes que tinham saído do colégio e ficavam na praça sem fazer nada, daí a gente pensou em chamar essa garotada toda para fazer aula de arte aqui. Foi assim que surgiu o projeto”, explica ele.    

A instrutora Júlia Caianara ajuda os alunos de circo na execução dos movimentos
    Hoje, quem começou como aluno já é professor. Esse é o caso da atriz de 17 anos, Júlia Caianara, que agora é instrutora de circo e de teatro e dá aulas para pessoas das mais diferentes idades “Aqui não existe esse problema de se ser mais velho ou mais novo que o outro. Estamos aqui para debater idéias. Na sala de aula eu sou autoridade não pela minha idade e sim porque eu sou professora e tenho coisas para ensinar a eles, independente d’eu ser mais nova ou mais velha que os alunos", comenta Júlia. 

Início da última aula de teatro do período 2010.2
   E quem participa das aulas também parece não se importar em nada com questões de idade e sim em questões de descoberta e superação. Há cada período, entram novos alunos, curiosos com o mundo artístico e saem outros, seja por falta de tempo, por falta de identificação com a área ou por outros fatores. A verdade é que ninguém termina o projeto sem levar consigo algum aprendizado como diz o aluno de teatro Adler de Melo, de 18 anos e morador do bairro Soledade “Além de teatro eu aprendi aqui coerência, disciplina e espírito de união, porque aqui a gente tem de ser muito unido”, confessa ele, que ficou sabendo das aulas por panfletos que a própria companhia distribui pela cidade ao início de cada período.
 
O aluno de circo Elder acha importante projetos como esse

   Outra coisa que não passa despercebida é a importância de projetos como esse para os aracajuanos, não só para aqueles que buscam se dedicar a cultura, mas também para os que precisam ter seu tempo preenchido com coisas que lhe despertem a atenção, a curiosidade e principalmente a si mesmo, como diz Eldervan Santana que mora no bairro Cidade Nova e lembra “Esses cursos são muito importantes porque em vez de muitos jovens ficarem na rua, como acontece no meu bairro, eles vêm pra cá e aprendem muita coisa interessante”, fala Elder, como é mais conhecido.
Alunos concentrados no texto mesmo no último dia de aula
   Mas esse não é o fim definitivo do projeto Acesso. Segundo Lindemberg, de Janeiro a Fevereiro do próximo ano haverá o “Acesso Férias”, totalmente gratuito a quem quiser experimentar um pouco desse mundo e logo depois os 4 meses de “Acesso Regular” para os que gostarem  e quiserem seguir em frente. No próximo Sábado (04/12), os atuais alunos irão fazer uma apresentação do que aprenderam na Sala Sergipana de Teatro que fica na Casa Rua da Cultura aberta a todo o público, do mesmo que o projeto é.  E é assim, com o sentimento de dever cumprido e expectativas para um novo período, que chega ao fim mais um ano de incentivo as artes e aos artistas sergipanos. Ou será o começo?

Praça Fausto Cardoso recebe mais uma edição da feira do SEMASC

Nos dias 2 e 3 de dezembro, acontece na praça Fausto Cardoso mais uma Feira de Inclusão Produtiva. O evento é realizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) e reúne diversos trabalhos artesanais produzidos pelos beneficiários do Programa Bolsa Família.
Feira reúne vários trabalhos de artesãs locais beneficiadas pelo Programa Bolsa Família (Por Lohan Montes)

Conseqüência de uma parceria entre o Programa de Inclusão Produtiva da Semasc, a Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), a Coordenação dos Movimentos de Mulheres do Estado de Sergipe (Conam Mulher) e a Sociedade Semear, através do Programa Economia Solidária, a feira é uma ótima oportunidade de expor e valorizar a produção de várias artesãs aracajuanas que dedicam parte de suas vidas aos trabalhos manuais.
Nas mãos das artesãs, artigos de decoração natalina ganham mais cores. (Por Diego Badia)

Dona Maria José do Nascimento tomou conhecimento da feira por acaso: um agente de saúde do Coqueiral, bairro onde mora, comentou sobre o projeto e, depois de algumas informações, a parceria estava formada. Maria José levou para vender produtos que ela mesma cria e afirma com orgulho, ter desenvolvido sozinha sua própria técnica. “Uma vez uma moça me ensinou como fazer os canudinhos com jornal e eu passei uns seis anos sem fazer nada. Depois disso, comecei a criar por conta própria”, conta Dona Maria que encara a feira como mais uma experiência decorrente do seu trabalho.
Cestos tomam forma a partir de canudinhos feitos com folhas de jornal. (Por Morgana Brota)

Já a Dona Maria José Vasconcelos trabalha com as técnicas do crochê, ponto de cruz e fuxico e, apesar de sempre ter trabalhado com artesanato, participa da feira pela primeira vez este ano. “É uma boa oportunidade para expor o nosso trabalho”, declara Dona Maria Vasconcelos que encontra no artesanato um apoio a renda familiar.
As artesãs expõem seus trabalhos nesta quinta e sexta na Praça Fausto Cardoso (Por Lohan Montes)

Uma das grandes novidades da feira este ano são as sacolas recicláveis. Seguindo a tendência das bolsas ecologicamente corretas, a matéria prima para a confecção das sacolas é um pouco inusitada: nas mãos das artesãs, banners de eventos que de outra forma seriam descartados, ganham uma nova utilidade.
Bolsas são confeccionadas a partir de banners de eventos que seriam descartados. (Por Maluh Bastos)

Segundo a gerente de inclusão produtiva Ana Boergea, a equipe foi buscar conhecimentos técnicos em Minas Gerais que desenvolve o projeto Eco-Bolsas Brasil. “Aqui em Sergipe, nos estamos adaptando a técnica que é trabalhada por um grupo de senhoras no centro de inclusão produtiva”, explica a gerente.


As artesãs confecionam sacolas para os mais diversos usos e cada peça é exclusiva. (Por Diego Badia)

Ana Boergea aproveita a oportunidade para deixar um apelo às organizações de eventos da cidade. Através do telefone (79) 3179 – 2245, as organizações podem solicitar o recolhimento dos banners que serão descartados. Além de ser uma atitude ecologicamente correta, é uma forma de incentivo a produção artesanal que proporciona um apoio a renda das famílias inclusas no projeto.

Por Diego Badia, Lohan Montes, Maluh Bastos e Morgana Brota

VIII Feira de Livros Didáticos ocorre entre 22 de novembro e 17 de fevereiro

A feira 'Drummond de Andrade' se localiza
na Coroa do Meio
Por Eloy Vieira, Joanne Mota e Monique Garcez

O que você faz com os livros que você não utiliza mais? Guarda? Vende? Troca?

Estas e outras perguntas similares são as que as irmãs e empresárias Magna, Marise e Márcia Melo responderam ao criar as feiras de livros didáticos e paradidáticos ‘Asas de Papel’, ‘Páginas Coloridas’ e ‘Drummond de Andrade’.

Há oito anos, Marise Melo resolveu criar um espaço onde livros didáticos pudessem ser vendidos, trocados ou mesmo doados. Assim, nasceu a feira de livros ‘Drummond de Andrade’, que fica localizada na Rua Construtor Genival Maciel, e é considerada  a maior feira de livros didáticos do Estado.

As irmãs Marise e Magda Melo (da esq. p/ dir.) se ajudam para organizar a feira de livros

São cerca de 3 mil livros trocados durante todo o período
A feira ‘Asas de Papel’, criada por Magna Melo há dois anos, e localizada Avenida Visconde de Maracaju, e a feira ‘Páginas Coloridas’, criada por Márcia Melo este ano, e localizada no Conjunto Inácio Barbosa, são fruto da ‘Drummond de Andrade’, que além de realizar um serviço social, criou uma ação que se tornou tradição familiar.

Com um acervo conservado, as proprietárias explicam que as feiras ocorrem entre os meses de novembro e fevereiro e estão organizadas em três pontos estratégicos da cidade, o que facilita a distribuição dos clientes por região. Elas acrescentam que atualmente possuem um quadro de 13 funcionários distribuídos nos três espaços. Além disso, as feiras possuem dois focos, um comercial, no qual os pais conseguem fazer uma economia de até 60% na compra dos livros didáticos, e outro social, pois o que não é trocada ou vendido é doado à instituições beneficentes como Toca de Assis e Casa Santa Zita.

As estantes de livros estão à espera do grande movimento, que deve começar no próximo dia 15 e segue até meados de Janeiro
“Para mim este é mais que um serviço, pois mesmo comercializando livros usados nós podemos garantir que muitos pais consigam comprar os livros solicitados pelas escolas. E mesmo quando os livros não servem mais para estudo, como é o caso dos livros anteriores à reforma ortográfica, eles podem ser doados e entregues para a reciclagem”, explica Magna.

As estantes estão lotadas de livros didáticos e paradidáticos
As proprietárias informam ainda que as feiras chegam a atender 10 mil pessoas, com um fluxo diário de mais de 200 por dia. “A cada ano a procura pelo comércio alternativo de livro aumenta. Nós possuímos clientes desde a abertura, mas o sucesso das feiras tem garantido a ampliação da procura por “nossos” livros”, acrescenta Magna Melo.

Márcia Dutra trouxe a filha à procura de novos livros didáticos
Márcia Dutra trouxe os livros de sua filha para trocar e achou a ação super inovadora. “Sou do interior de São Paulo, e foi uma amiga que me falou sobre a feira e achei muito interessante ter uma ação como esta em Aracaju. É a primeira vez que venho e trouxe alguns livros que estão em ótimo estado e poderão ser utilizados por outra pessoa. Assim, além de ajudar, também economizo dinheiro”, diz Márcia.

Ficou interessado na feira? Entre em contato com a organização:


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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Rua do Turista é inaugurada e oferece comércio, cultura e lazer

Helena Alves nascida em Propriá, e bordadeira
há 35 anos
Por Eloy Vieira, Joanne Mota e Monique Garcez

“Aqui tem turista e tem movimento, é o melhor lugar para vender meu bordado. Estou feliz porque agora voltou a ser organizado, e para nós será muito melhor”. Esta foi a declaração da bordadeira e comerciante Helena Alves, que há 35 anos possui um comércio na antiga Rua 24 horas, hoje Rua do Turista. 

A antiga 'Rua 24 horas' recebeu o nome de 'Rua do Turista
Reinaugurada na última segunda-feira, 29, a Rua do Turista, que abriu suas portas ao som da Orqeuestra Sanfônica de Aracaju, tem o objetivo resgatar um costume antigo dos aracajuanos: fazer compras com lazer e cultura. Além disso, segundo a administração, por conta da reforma do local, mais de 300 postos de trabalho diretos e indiretos serão gerados.

De acordo com informações da administradora da Rua do Turista, Kátia Lélis, o projeto de reformar a rua é uma ação do Governo do Estado, que, através das secretarias de Administração e Turismo, executou o projeto. Ela esclarece que ação visa resgatar a história da cultura sergipana, não só com a volta do funcionamento da rua, mas com as ações culturais que poderão ocorrer no espaço. 

Kátia Lélis, administradora da 'Rua do Turista'
“A reforma durou dois anos, e custou 1 milhão e meio de reais. Além das lanchonetes e lojas comerciais, a nova estrutura terá um posto de atendimento do CEAC (Centro de Atendimento ao Cidadão), que pretende atender 3 mil sergipanos por dia; uma sede do SENAC (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), com ofertas de cursos; uma sala de cinema (Cinema Vitória), que ficará sob responsabilidade da Curta-Se; e o palco externo para apresentações de teatro, música e exposições”, informa Kátia Lélis. 

Ela ainda acrescenta que o novo prédio foi pensado obedecendo as normas de acessibilidade, portando elevador e banheiros adaptados foram construídos para atender comerciantes e clientes. No que se refere ao cinema, a administradora diz que além de exibição de filmes, o espaço poderá ser utilizado para exposições e workshops.

“Agora o sergipano poderá sair de casa com mais uma opção de programação em sua agenda. Aqui ele poderá encontrar um espaço para descansar, conversar e se distrair. Além disso, teremos mais um cartão postal para o turista, o que é bom não só para Aracaju, mas para todo Estado”, finaliza Kátia. 

Pátio central que divide a Rua do Turista e o Centro de Artesanato

Marçal de Oliveira, aracajuano que aprecia a cultura sergipana
O aracajuano Marcçal Oliveira, salienta que a reforma só trará benefícios, pois com o fechamento da rua, o fluxo de passagem foi obstruído, o que prejudicou não só os comerciantes internos, mas também os adjacentes. “Com esta ação, ganha o comerciante, o Governo e os clientes. Frequento a rua desde sua fundação e essa reforma ficou muito bacana, e isso só irá atrair o turista. Porém, é bom lembrar que a rua ficou fechada por muito tempo e a divulgação será fundamental para resgatar o antigo público”, explica.

Ele diz que o Governo deveria realizar mais ações como esta, para com isso estimular ainda mais a cultura do Estado. “O centro inteiro precisa receber o tratamento que a rua recebeu, precisamos criar nossa identidade na cabeça dos turistas e para isso é preciso valorizar o que é nosso”, frisa Marçal. 

Raimundo, comerciante de redes e confecções, que
aprovou a reforma
O comerciante de artesanato, Raimundo Costa Coelho, possui um box no local há 20 anos e acredita que com este incentivo o comércio no espaço irá aquecer. “Este Governo enxerga a importância do artesanato e da cultura, isso só ajuda nossa capital e atrai o turista. Com a revitalização nós esperamos que o comércio aqueça, assim não dependeremos somente dos períodos de alta temporada, quando o turista vem para Sergipe”, enfatiza Raimundo.

A administração da rua do Turista ainda informa que o horário de funiconamento do espaço acompanhará o horário comercial, mas em época da alta temporada, como finais de ano e férias de inverno, terá seus horários redefinidos.

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Exposição ‘Três’ feita pelo SESC reativa a importância do cenário das artes plásticas

Lohan Montes

   Desde o dia 19 de novembro está aberta a exposição ‘Três’ na galeria do SESC Centro. A exposição reúne obras dos três artistas Jamson Madureira, Marcelo Roque e Tiago Campelo.  A mostra das peças do ‘Três’ trouxe de volta a tona a iniciativa do SESC em publicar projetos de profissionais locais e o incentivo à cultura e a arte sergipana e brasileira, visando a divulgação das obras e todo o assistencialismo por trás das exposições.  Alguns podem até não saber, mas no backstage destas produções, há bastante colaboração do Serviço dos Comerciantes.

Maluh Bastos
   As obras de Jamson, Marcelo e Roque passaram pelo processo que todos os materiais artísticos passam para ter sua divulgação no espaço ‘Galeria de Arte’ no SESC Centro. No caso da exposição ‘Três’, as obras vão desde as figuras ilustrativas de Marcelo aos desenhos abstratos de Tiago e a mistura das duas vertentes com um toque de reciclagem de Jamson. Entre as obras que mais têm despertado a atenção do público visitante é a ‘Fornicação’, obra de Tiago Campelo. Trabalhada no grafite e aperfeiçoada com técnicas de computador, ‘Fornicação’ toca na curiosidade das pessoas que a observam pelo seu nome e a associação que tentam formar com o desenho.

Maluh Bastos

Diego Badia
   ‘Três’ foi contemplada pelo edital de seleção de obras do SESC para ser exposta na Galeria de Artes. “O artista inscreve seu trabalho e, se for selecionado o SESC faz toda a parte de divulgação, expografia e montagem da exposição”, conta Gabriella Silva, estagiária de Artes Visuais do Serviço de Comerciantes. No caso de ‘Três’, a estratégia foi unir os três estilos dos artistas para compor a mostra. No entanto, o mesmo é feito individualmente. “É feito toda a produção de convites, convocação da imprensa, participação de escolas estaduais em projetos, etc.”, relata Gabriella.
Lohan Montes
Morgana Brota
   Todo este trabalho já existe há cerca de 15 anos. Além de projetos de artistas, projetos feitos pelo próprio SESC também ganham destaque. A galeria que hoje está divulgando o ‘Três’, já exibiu, por exemplo, outras obras fantásticas assim como a bastante comentada ‘Brincadar’ – projetada pelo SESC - de brinquedos populares que foram sendo esquecidos com o tempo e os trouxe para o lado artístico.

Morgana Brota