quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vida corrida muda os hábitos de comer da população

Verduras e saladas disputam espaço com fast food.
por Anne Samara, Larissa Regina e Lorena Larissa
   Devido à falta de tempo imposta pela sociedade moderna e capitalista, brasileiros e sergipanos vêm adquirindo costumes alimentares irregulares e descuidados, tais costumes são refletidos no bolso e na saúde da população da capital. O pouco tempo, a falta de recursos e escassez de informação são os principais motivos da chamada era do fast food ou para o bom português, comida rápida.
Mara Silva aproveitando o tempo livre para fazer uma 'boquinha'.
   No centro da cidade há vários restaurantes e lanchonetes que produzem dezenas de quilos de comidas e petiscos diários para dar conta do contingente ali instalado. Comerciantes, empregados, ambulantes e principalmente pessoas que vão fazer suas compras de Natal são os principais públicos-alvo deste setor que registra alta nesta época do ano. A desempregada Mara Silva que estava no centro da cidade e interrompeu suas compras para alimentar-se, demonstra como essa prática vem se tornando cada dia mais comum. “Eu prefiro almoçar, mas hoje estou lanchando. Sempre que almoço opto por algo mais natural, frango grelhado e salada sempre fazem parte da minha dieta”, afirma.

Mãe e filha lancham alimentos considerados práticos e de baixo preço.

   Saúde quase nunca é levada em conta na hora de escolher a refeição, a pressa é a maior inimiga de quem se alimenta no Centro da cidade, essa correria faz com  os trabalhadores e consumidores optem por refeições que não levem muito tempo para serem preparadas. Atualmente é comum observar pessoas comendo enquanto fazem outras ocupações, não proporcionando ao corpo uma satisfação plena de suas necessidades. A secretária Denise Ribeiro diz que raramente consegue almoçar fora do trabalho. “Às vezes nem dá tempo de parar para comer, geralmente como no meu emprego mesmo, para dar conta de todas as minhas atividades”, conclui.
Cozinheiro Roberto preparando o almoço de seus clientes.
   A maioria dos restaurantes disponibiliza em seus cardápios saladas, grelhados e peixes, alimentos com altos valores nutritivos  e vitaminas, porém esses alimentos passam despercebidos ao lado de alimentos gordurosos e de grande valor calórico pela praticidade e a falsa sensação de estar bem alimentado. Segundo Roberto Cláudio, cozinheiro de um restaurante da capital sergipana, a procura pelos alimentos naturais disponibilizados no local é muita pouca, perdendo em preferência por alimentos industrializados e nem um pouco saudáveis. “O que sai mesmo aqui no nosso restaurante são alimentos gordurosos, o bife e a batata frita são os mais pedidos”, completa.
A indecisão na hora de escolher os alimentos.
   Esse estilo de vida, alimentação consumida de maneira errada e em grande quantidade aliado a falta de exercícios físicos  pode ocasionar doenças em jovens e adolescentes velhas doenças conhecidas por anciãos como diabetes, hipertensão, colesterol  e doenças cardiovasculares. Tudo isso integrado a escassez de políticas públicas por parte do governo para combater a obesidade transforma nossa sociedade em uma bomba relógio prestes a explodir.

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