Por Adler Berbert, Bruna Guimarães, Elaine Casado e Mairon Hothon
Grafite dá vida aos muros e fachadas da cidade |
O grafitismo invadiu
as grandes cidades, intervindo nos espaços de forma inédita. Seja em paredes,
grandes avenidas, praças, viadutos, pontes ou escolas, a arte de grafitar,
antes vista como vandalismo, vem ganhando uma nova conotação e hoje já se
encaixa na categoria de ‘arte urbana’.
Grafte hoje já é considerado uma arte urbana |
Surgido em 1968,
na França, o grafite inicialmente se ligava as manifestações estudantis e
as formas de expressão dos oprimidos. No Brasil, foi introduzido em 1970 na
cidade de São Paulo, que logo se tornou referência dessa prática em todo o
país. Já em Sergipe, sobretudo em Aracaju, a arte urbana do grafite vem se
devolvendo há cerca de 10 anos.
A grafitagem muitas vezes é confundida com o vandalismo da pichação |
Diferentemente da pichação, onde o mais importante
é transgredir e poluir visualmente as cidades, o grafite tem por objetivo
harmonizar as paisagens e conscientizar os jovens, por isso tem sido
desenvolvido em vários projetos sociais e escolares. O Projeto ‘Beco dos Cocos’ é um exemplo, onde a Prefeitura de
Aracaju financiou uma reestruturação do local. Localizado entre os mercados
municipais e a Praça General Valadão, o Beco dos Cocos já foi considerado como
reduto boêmio e local de prostituição. Hoje, suas paredes foram todas pintadas
pelo grafite.
Projeto de Graffitagem no Beco dos Cocos, no centro de Aracaju |
O grafitismo
também desenvolve o lado profissional. Um exemplo disso é o grafiteiro André
Chagas, que tem trabalhos espalhados pela cidade. Há 10 anos na profissão, já
desenvolveu grandes projetos e é considerado um dos melhores do estado. “Gosto
de aliar coerência e harmonia das cores e traços, sempre passando uma mensagem
de conscientização. Já melhoramos a cara de nossa cidade”.
André Chagas, graffiteiro profissional |
A arquiteta e urbanista da Empresa Municipal de Obras e
Urbanização (EMURB), Angélica Rocha, aponta alguns lugares já contemplados com
esta ‘arte urbana’ na capital: a Caixa D’água do bairro Castelo Branco, Orla pôr-do-sol
(Mosqueiro), Praça da Liberdade (Santa Lúcia); Praça do bairro Siqueira Campos;
Praça do bairro Cidade Nova, Orla da Atalaia, Ponte João Alves Filhos e paredes
pelas avenidas da capital (Av. Ivo do Prado, Des. Maynard). “Sempre que
possível a arte do grafite tem espaço nas obras públicas, mesmo sem um projeto
especifico”, afirma.
Angélica Rocha, arquiteta e urbanista da EMURB |
Aos
poucos, a cultura do grafiti já vai sendo aceita pela população. A prova disso
é a sua presença em obras públicas espalhadas pela cidade. A importância dos profissionais graffiteiros está contida
nos significados de suas obras, pois cada trabalho acaba tendo a função de
evitar a ação de pichadores, protegendo o local.
velho as fotos ficaram lindasssssssssssssssssssssssssssss
ResponderExcluirps: andréa