Por Catarina Schneider, Igor Almeida, Lucas Peixoto e Mariana Viana
A classe feminina faz passeata em dia mundial no combate à violência
contra a mulher e exigem valorização e respeito.
|
Passeata em comemoração ao dia internacional da não-violência contra as mulheres |
|
Cerca de 1500 pessoas estivem presentes |
As mulheres sergipanas vão à luta
pelos seus direitos! Elas se manifestaram nesta quinta-feira (25) contra os
abusos e violência sofridos pela classe feminina. Com grandes faixas e
cartazes, o evento contou com cerca de 1500 participantes e foi articulado pela
Central Única de Trabalhadores (CUT), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais,
dentre outras instituições. O trajeto se iniciou na Praça da Bandeira, passando
pela na Delegacia da Mulher – onde houve discursos –, e terminou na Praça
Fausto Cardoso.
|
Mulheres lutam pelos seus direitos |
Segundo a coordenadora do evento
Ivone Aparecida, o problema da violência contra a mulher envolve questões mais
amplas. “O objetivo da manifestação é mostrar para a sociedade que o problema
da violência contra a mulher não é apenas da classe feminina, e sim de toda a
sociedade e da política”, afirma. Além disso, Aparecida afirmou que esta é a
segunda manifestação envolvendo o tema e que contou com a participação de
várias categorias profissionais, como professoras, operárias, bancárias e
médicas.
Durante a manifestação, as
mulheres levantaram questões de políticas públicas e da função primordial das
instituições de proteção à classe feminina. De acordo com a delegada Renata
Aboim, essas ações são importantes para fortalecer a atuação da Delegacia da
Mulher. “As manifestações promoveram vários avanços nessa luta no combate à
violência contra a mulher. Porém muito ainda deve ser feito e um movimento
desse porte só tem a adicionar na luta por essas conquistas”. Além disso, a
delegada deixou claro que a real função da delegacia é a repressão do crime. “O
papel da delegacia não é tão efetivo no combate à violência. Ela foca na
repressão através da polícia judiciária”, explica.
|
Grandes cartazes e faixas tomaram a Avenida Augusto Maynard |
Muito além do combate à
repressão, Renata Aboim afirma que o tratamento da mulher deve ser acolhedor. “Ela,
muitas vezes, sofre a repressão em ambiente familiar e isso a desestabiliza.
Nós procuramos conversar de forma reservada para entender a real situação da
vítima e procuramos ajudar da melhor forma dentro da lei, sem abrir mão dos
anseios da mulher”, explica.
|
Manifestante prestigia os discursos |
A passeata reuniu não só
mulheres, mas homens conscientes e dispostos a lutar pelo direito feminino.
Exemplo disso é Alberto Dantas, que afirma prezar pelo respeito e valorização
desta classe. “Nós temos que mostrar que existem homens que respeitam as mulheres
e que não as consideram um objeto. Ela é um ser humano que tem todos os direitos
que nós temos”, diz.
|
Os homens também marcaram presença na manifestação |
A Delegacia da Mulher é a grande
referência de apoio às mulheres violentadas. Mesmo com os avanços evidentes e
grandes conquistas – como a Lei Maria da Penha –, no Estado de Sergipe ainda há
poucas delegacias e muito deve ser feito para melhorar as condições
humanitárias no combate à violência contra a mulher. Segundo Maria Verônica,
uma das lideranças da passeata, as mulheres devem se conscientizar as mulheres
de seu direito. “Elas devem ter apoio e segurança para denunciar, pois sofrer
violência não é uma coisa comum”, afirma.
|
Passeata toma a Rua Itabaiana |
|
Manifestantes levantam as bandeiras |
|
Momento de oração |
|
Mulheres chegam à Delegacia |
|
Líder do movimento discursa em frente à Delegacia da Mulher |
|
|
|
Mulheres fazem cruz como forma de protesto em homenagem às vítimas de violência |
Nenhum comentário:
Postar um comentário