quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mulheres contra a violência


Por Catarina Schneider, Igor Almeida, Lucas Peixoto e Mariana Viana

A classe feminina faz passeata em dia mundial no combate à violência contra a mulher e exigem valorização e respeito.

Passeata em comemoração ao dia internacional da não-violência contra as mulheres

Cerca de 1500 pessoas estivem presentes
 As mulheres sergipanas vão à luta pelos seus direitos! Elas se manifestaram nesta quinta-feira (25) contra os abusos e violência sofridos pela classe feminina. Com grandes faixas e cartazes, o evento contou com cerca de 1500 participantes e foi articulado pela Central Única de Trabalhadores (CUT), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais, dentre outras instituições. O trajeto se iniciou na Praça da Bandeira, passando pela na Delegacia da Mulher – onde houve discursos –, e terminou na Praça Fausto Cardoso.

Mulheres lutam pelos seus direitos
 Segundo a coordenadora do evento Ivone Aparecida, o problema da violência contra a mulher envolve questões mais amplas. “O objetivo da manifestação é mostrar para a sociedade que o problema da violência contra a mulher não é apenas da classe feminina, e sim de toda a sociedade e da política”, afirma. Além disso, Aparecida afirmou que esta é a segunda manifestação envolvendo o tema e que contou com a participação de várias categorias profissionais, como professoras, operárias, bancárias e médicas.

Durante a manifestação, as mulheres levantaram questões de políticas públicas e da função primordial das instituições de proteção à classe feminina. De acordo com a delegada Renata Aboim, essas ações são importantes para fortalecer a atuação da Delegacia da Mulher. “As manifestações promoveram vários avanços nessa luta no combate à violência contra a mulher. Porém muito ainda deve ser feito e um movimento desse porte só tem a adicionar na luta por essas conquistas”. Além disso, a delegada deixou claro que a real função da delegacia é a repressão do crime. “O papel da delegacia não é tão efetivo no combate à violência. Ela foca na repressão através da polícia judiciária”, explica.

Grandes cartazes e faixas tomaram a Avenida Augusto Maynard

Muito além do combate à repressão, Renata Aboim afirma que o tratamento da mulher deve ser acolhedor. “Ela, muitas vezes, sofre a repressão em ambiente familiar e isso a desestabiliza. Nós procuramos conversar de forma reservada para entender a real situação da vítima e procuramos ajudar da melhor forma dentro da lei, sem abrir mão dos anseios da mulher”, explica.




Manifestante prestigia os discursos
A passeata reuniu não só mulheres, mas homens conscientes e dispostos a lutar pelo direito feminino. Exemplo disso é Alberto Dantas, que afirma prezar pelo respeito e valorização desta classe. “Nós temos que mostrar que existem homens que respeitam as mulheres e que não as consideram um objeto. Ela é um ser humano que tem todos os direitos que nós temos”, diz.
Os homens também marcaram presença na manifestação

A Delegacia da Mulher é a grande referência de apoio às mulheres violentadas. Mesmo com os avanços evidentes e grandes conquistas – como a Lei Maria da Penha –, no Estado de Sergipe ainda há poucas delegacias e muito deve ser feito para melhorar as condições humanitárias no combate à violência contra a mulher. Segundo Maria Verônica, uma das lideranças da passeata, as mulheres devem se conscientizar as mulheres de seu direito. “Elas devem ter apoio e segurança para denunciar, pois sofrer violência não é uma coisa comum”, afirma.
Passeata toma a Rua Itabaiana


Manifestantes levantam as bandeiras



Momento de oração
Mulheres chegam à Delegacia
Líder do movimento discursa em frente à Delegacia da Mulher


Mulheres fazem cruz como forma de protesto em homenagem às vítimas de violência








 






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