quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Acessibilidade falha na UFS prejudica mobilidade de portadores de deficiência


Por: Andréa Cerqueira, Julie Melo Braga, Nara Barreto, Tatianne Melo, Verlane Estácio
Entrada da Universidade Federal de Sergipe
A falta de acessibilidade está em toda parte. A infraestrutura ainda planejada somente para pessoas sem deficiência física é um problema visível nos lugares mais pobres até nos mais bem equipados. Até mesmo em locais públicos, que deveriam ser um lugar, de fato, para todos, não estão preparados para receber qualquer indivíduo portador de necessidades especiais. 
Caminho sem trilhos para os deficientes visuais
É o caso da Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde se podem encontrar, no máximo, poucas rampas de acesso nas calçadas, na verdade só existe sinalização para deficientes visuais nas rampas, e em alguns banheiros largos para deficientes físicos, no caso aqueles que usam cadeira de rodas. Não se pode dizer banheiro adaptado porque ele é apenas grande o suficiente para uma cadeira de rodas, mas não possui suporte algum para um portador de necessidade especial.
Banheiro adaptado para  deficientes físicos
Os problemas que limitam a mobilidade de deficientes são muitos. Além da escassez de rampas de acesso e da pouca estrutura nos banheiros, faltam, por exemplo, corredores ou elevadores que permitam o acesso de deficientes físicos ao andar de cima das didáticas e de outros prédios da UFS. Um elevador beneficiaria não só o deficiente, mas também o idoso que tem dificuldade em subir escadas.
Banheiro do DCE, em péssimo estado e sem acessibilidade para qualquer estudante
Segundo uma matéria divulgada no Portal da UFS, a universidade contratou empresas para a elaboração de projetos de acessibilidade para todos os campi a partir de 2006. Entretanto, a estrutura necessária para atendê-los ainda é bastante precária. Como concluirá o curso um aluno portador de deficiência, se a universidade não lhe dá condições de locomoção?
Caminho sem trilho para os deficientes visuais
Com o atual programa de expansão aplicado na UFS, possuir uma infraestrutura adaptada às suas necessidades é indispensável. Com a adoção do sistema de cotas também para portadores de algum tipo de deficiência, iniciado no processo seletivo 2010, foram aprovadas 37 pessoas. No vestibular 2011 que acontece em dezembro, 154 candidatos com necessidades especiais tentam ingressar na universidade segundo dados coletados pela Coordenação Concurso Vestibular (CCV).
Vivência da UFS adaptou o espaço para os deficientes físicos
É difícil imaginar, mas uma infraestrutura adequada a portadores de deficiência vai muito além de rampas e elevadores. Professores também devem estar preparados para lidar com as dificuldades de cada aluno. Para minimizar os problemas de locomoção, o Departamento de Administração Acadêmica (DAA), ao fazer a distribuição das salas de aula, localiza as turmas onde os alunos especiais estão inscritos sempre andar térreo das didáticas.  Mas, de fato, as barreiras ainda são muitas.
Vaga de estacionamento reservada para deficiente
Acessibilidade a portadores de deficiência física é um direito. E o direito de ir e vir, que é de todos, é garantido pela Constituição. Se um lugar, principalmente público, está estruturado para atender as necessidades de todos, não é um sinal de modernidade ou de bondade de quem o planejou/construiu, mas um dever, uma obrigação. Dever este que se cumpre pouco ou, quando cumprido, é feito com falhas. O importante é que estejam todos sempre atentos para situações como a da UFS e que procurem meios de cobrar as garantias que lhes são dadas.
A entrada do CODAP possui rampa para os deficientes físicos





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