quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tomada de consciência no dia da consciência negra


No dia 22 de Novembro, no centro de Aracaju, foi organizado um concerto para comemorar o dia da consciência negra no Brasil, dois dias depois da data oficial. Esse evento foi organizado na rua da cultura, uma organização que tem como meta valorizar a cultura sergipana.

Os espectadores do show

Mas este artigo não vai ser uma simples descrição do concerto porque o tal evento permite entender muito sobre a sociedade brasileira atual e como ela existe em Aracaju, sobretudo aos olhos dos estranjeiros.

O dia 20 de novembro é então, o dia da consciência negra no Brasil porque comemora a morte do lider negro Zumbi. Essa data foi escolhida pelo movimento negro (não a entidade mas sim do movimento não institucionalizado) para permitir uma reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. Além disso a rua da cultura que organizou esse envento tem como meta, segundo seu blog: “Ela nasceu da necessidade de levar para as ruas uma produção cultural que existe em Sergipe e torna-la mais visível. Além de dar acesso democrático a todos os cidadãos a arte e cultura.”

O cantor da banda "Revolução reggae", a principal do show


O show foi bom, a banda tocava um bom reaggae, nada original mas era musica legal para quem gosta. O interessante era o publico. Num bairro da cidade geralmente vazio e perigroso nessa hora, o publico não era o que se pode encontrar numa outra festa. tinha pessoas muito diferentes, que não costumam participar no mesmo tipo de eventos.

Um fazedor de bugiganga


Individuos das classes media ou superior que são “alternativos”, rastas, vendedores de bijuteria, drogados, crianças, muito cansadas nessa hora tarde, que vendem espetinhos em vez de dormir antes de ir na escola. 

A rua da cultura :
o bom lugar para uma criança as 11 da noite ? 


 Sera que é isso uma verdadeira democratização da arte ? Se a questão da cor de pele não é tão presente nessa escena, as diferenciais economicas e sociais são bem visiveis e a pobreza não se esconde. 

Democratização da arte :
 tocar muscia ao meio dos mais desfavorecidos ?


Não sera que a verdadera democratização da arte deve permitir uma ascensão social e uma verdadeira tomada de consciencia da condição dos individuos ?


Texto e fotos por:
Jean Marcel
Sophia Bouzid
Julie Martin

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