terça-feira, 23 de novembro de 2010

Acessibilidade no Centro de Aracaju

Calçada adaptada após anos com uma inclinação anti-ergonômica. Nota-se a inclinação à
esquerda da faixa amarela. À direita, marcação em amarelo e faixa azul para deficientes visuais.


Segundo o Portal Brasil, acessibilidade “é um termo usado para indicar a possibilidade de qualquer pessoa usufruir de todos os benefícios da vida em sociedade. É o acesso a produtos, serviços e informações de forma irrestrita”. O site do Governo Federal segue as exigências do decreto 5.296/04, o mesmo que, entre outras instâncias, determina as exigências e padrões técnicos urbanísticas que devem ser seguidos por Estados e Municípios.


Cascalhos de obra passeio publico dificultam a locomoção de todos.



Paliativo que funciona... mas a calçada dificulta.

É uma sugestão imperativa das legislações de inclusão e das regras da boa convivência na contemporaneidade. No centro de Aracaju alguns mecanismos já existem e passam por uma nova reforma, lenta e gradual, com a finalidade de atender a pessoas com deficiência física, auditiva, visual e mental, ou que tenham alguma dificuldade de locomoção, permanente ou temporaria, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e percepção, além de gestantes, lactantes e idosos. E para esses indivíduos que se fala quando se fala em acessibilidade.

Com a aproximação do final de ano, o movimento de pessoas no centro comercial torna-se mais intenso e essas normas que deveriam estar garantidas, diferem do que se vê. A maior parte de rampas de acesso nos passeios e calçadas apresentam desníveis e obstáculos muitas vezes intransponíveis, como material de construção impedindo a livre circulação o livre acesso de cadeirantes e portadores de outras deficiências. Além disso, o estado descalçado das calçadas e poças de água impossibilitam o tráfego de pessoas. As indicações existem, entretanto o acesso está inviável.


Aqui houve uma rampa. Hoje, apenas a dificuldade de acesso.

Desnível e possa d'água. 
A vereadora Simone Góis disse que essa reforma está começando e inclusive a Câmara de Aracaju procedeu à instalação de elevadores específicos para que a assistência àquela casa não prejudique o exercício da plena cidadania de todos.

Algumas agências bancárias já tomam a dianteira e apresentam em suas entradas e em seus interiores mecanismos de acesso aos serviços. A agência da CAIXA Fausto Cardoso, seguindo a orientação matriz, está completamente dentro das normas técnicas. Chama atenção a placa de localização do tipo “Você está aqui”, em braile, na sua recepção, e até um bebedouro adaptado. Possui passarela viária para deficientes visuais e lugar específico de resgate de deficientes, caso haja algum sinistro.


Mapa da agência para leitura braille: "Você está aqui", informa a placa ao
usuário deficiente visual . Esse é um dos padrões para acessibilidade nos bancos
e em outros serviços públicos.


O gerente geral da agência Fausto Cardoso, José Eduardo dos Santos disse que a iniciativa da Caixa segue às normas da legislação e está preparada para prestar serviços a todos, inclusive, mantém, em suas agências, no mínimo dois funcionários especializados em atender portadores de necessidades especiais, inclusive com treinamento em linguagem brasileira de sinais (LIBRAS). 



A agência da Caixa no Centro de Aracaju é um exemplo de ideal da acessibilidade.


Eduardo lamenta que ainda são poucos os usuários desses serviços específicos.  Diz que  “Infelizmente, em nossa cultura, o deficiente fica em casa ou aparece acompanhado”, mas vislumbra que, quando os preconceitos forem quebrados, mais e mais pessoas poderão usufruir do serviço, que considera fundamental.


Mas o problema da acessibilidade não se limita ao Centro. Se estende aos demais cantos da cidade e não apenas aos possuidores de alguma limitação física mais acentuada. A dificuldade para a locomoção é flagrante também para quem tem pleno usufruto de sua capacidade locomotora. Abaixo, alguns exemplos de dificuldades para cadeirantes. Mais fotos na galeria.

Mesma situação da foto acima: esquinas da 13 de julho prejudicadas.


Esquina do Parque da Sementeira: faixa termina sem rampa de 
acesso à calçada.

Pç Inácio Barbosa.

Da rua para a calçada e da calçada para a entrada do Espaço EMES, ok.



...e Pç do Conjunto Jardim Esperança.
Para saber mais sobre acessibilidade: http://normasacessibilidade.blogspot.com/

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