quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Parque da Cidade: preservação da mata atlântica em Sergipe

por Alysson, Fabiana e Isabelle

Vista da cidade de Aracaju a partir da hípica localizada no Parque

 O estado de Sergipe está bastante devastado com relação a área natural. A mata atlântica cobria originalmente 36% do estado, mas na década de 1990, o desmatamento, a criação de gado, a pecuária, a agricultura, e a ocupação urbana quase levaram a extinção desse tipo de vegetação. Restam apenas 4% ou até menos do que isso, distribuídos em pequenos fragmentos florestais.

Hoje são  poucos corredores ao longo  da  extensão  litorânea, a cobertura vegetal original restringe-se a manguezais, vegetação de restinga e remanescente da floresta tropical úmida. A mata atlântica de Sergipe encontra-se na baixada litorânea e parte dos tabuleiros costeiros, consideradas áreas de importância biológica para aves, flora e conservação de répteis e anfíbios.


Áreas próximas ao Morro do Urubu, onde se localiza o Parque.

Inaugurado em 1979, o Parque Governador José Rollemberg Leite, mais conhecido como Parque da Cidade, localizado no bairro industrial, possui uma área de mais de 670 mil metros quadrados, que abriga a única reserva de mata atlântica da capital sergipana. O pouco do que resta preservado, proporciona à mata atlântica uma enorme diversidade biológica.

Quem visita o Parque da Cidade, procura contato com a natureza e a possibilidade de respirar ar puro. O parque fica no alto do Morro do Urubu, de onde se tem uma vista panorâmica da cidade, principalmente de seu teleférico. Há um mini-zoológico onde é possível encontrar vários tipos de espécimes pertencentes à mata.



     Imagens do interior do Parque da Cidade.

O lugar é bastante visitado por turistas e grupos escolares. Depois do passeio, resquícios de presença humana, da falta de cuidado com o meio ambiente. A beleza do lugar, contrasta com imagens de descaso.

Quando a beleza é roubada...

Não há no parque pontos de coleta seletiva, o que acaba fazendo com todo o lixo, seja ele orgânico ou inorgânico, não seja devidamente separado e levado para cooperativas de reciclagem que existem em Aracaju, sendo acumulado, e posteriormente queimado, em uma área do próprio parque, o que também contribui para emissões de gases que contenham CO 2 na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.


Lixo deixado pelos visitantes é queimado em área do Parque.

O tratamento dado ao lixo da reserva ambiental, não deve ser apenas de responsabilidade da administração do local. Os próprios visitantes também podem colaborar para que o lixo não fique espalhado pelas áreas reservadas ao lazer, e muito menos, em partes mais longínquas do interior do parque.

Se medidas de conscientização fossem tomadas a longo prazo, talvez muitos dos problemas ligados a preservação da mata atlântica no nosso estado, pudessem seguir outro caminho que não fosse o da destruição. É preciso educar e conscientizar a população face à esses problemas, bem como criar medidas como usinas de reciclagem e incentivar a separação do lixo por tipo, para que não só as reservas naturais sobrevivam, como também a própria humanidade.     



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