quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Moderno, ecologicamente viável e veloz

Por que as ciclovias ganham espaços nas grandes cidades e facilitam a vida de muita gente.
Bicicleta e ciclovia leva você a qualquer lugar! 

Por Joanne Mota e Manoela Veloso

“Sair a porta e olhar o tempo, colocar o bornal, pegar a magrela e começar mais um dia de trabalho”. Esta é rotina de milhares de aracajuanos e sergipanos que utilizam o complexo cicloviário da Grande Aracaju para chegar não só ao trabalho, mas a escola e até mesmo às compras no centro da capital.

 
Seja pela manhã ou noite, quem tuiliza a cilcovia
diz que ela modificou muito a locumoção em Aracaju

 Atualmente, a bicicleta é vista como um meio de transporte barato e rápido, com ela não é preciso pegar ônibus e nem enfrentar congestionamentos. Pedalar, pedalar, pedalar... Este exercício para muitos não possui importância, mas para alguns além de levar ao trabalho, beneficia a saúde, e ainda se configura como ecologicamente viável.


Com as ciclovias, Aracaju faz jus a seu apelido de "a capital dos contrates"!
De acordo com o coordenador de ciclomobilidade da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Fabrício Lacerda, Aracaju possui uma complexo cicloviária que já conta com mais de 56 km em uso, o que responde a uma política de desenvolvimento que observa não só a modernidade, mas também se preocupa com o meio ambiente.



Segundo ele, o investimento foi de mais de R$ 11 milhões para a ampliação do complexo, e com essa política Aracaju assume a colocação de capital brasileira com maior número de ciclovias na atualidade.

Mesmo com investimento, a sinalização está precária...
 

... além do que muitos pontos ainda não foram iluminados. 
“Incentivar este modal como transporte representa para nossa capital um avanço não só estrutural, mas também um avanço social. Aracaju possui hoje um complexo de vias de trânsito que estão saturadas, e uma das consequências é o aumento do número de carros, que nos horários de maior fluxo já contabiliza engarrafamentos de 30 km. Então, a bicicleta se configura como uma ferramenta fantástica, pois ela determina o espaço público de uma maneira menor, não emite CO² e garante mais qualidade de vida”, salienta Fabrício Lacerda.


Mas ainda é preciso campanhas de conscientização para que
os ciclitas saibam quais seus diretos e deveres.
Para o morador do Conjunto bugio Alex Vagner, a malha cicloviária é importante, pois ele consegue fazer o percurso casa/trabalho em apenas 15 minutos. “A bicicleta é um meio barato e rápido, com ela não preciso pegar ônibus e nem enfrentar congestionamentos. E acredito que a criação das ciclovias só garante mais segurança para os ciclistas que utilizam as vias como eu utilizo”, explica Alex Vagner.

Se cada um ficar em seu espaço, o trânsito ficará muito mais tranquilo para trafegar.
Sobre a cultura do uso da bicicleta e as campanhas educativas, Fabrício Lacerda diz que há ainda muito por fazer, sobretudo no que se refere aos limites e deveres do ciclista. “Sem dúvida, uma saída para avançar neste ponto são as campanhas educativas, estas que também devem estar direcionadas ao pedestre e ao motorista. Para 2011, estamos com uma ação de planejamento para reconhecer a ciclovia como lugar do ciclista”, enfatiza o ele.


Transportes alternativos como a bicicleta e o ônibus, melhoram
o fluxo de locomoção da cidade.

Depois a ampliação da malha cicloviária, Aracaju é referência
nacional nesta categoria!
Para o estudante de Artes da UFS Josué Azevedo, a criação da ciclovia que liga o Eduardo Gomes à Aracaju trouxe muitos benefícios não só para os alunos que utlizam a via,mas também para os moradores da região, principalmente no se refere à segurança de quem trafega pela Rodovia João Bebe Água. Além disso, ele frisa que além de ser bom para a saúde, utilizar a bicicleta é ecologicamente viável.


Ciclitas e pedestres podem utilizar a ciclovia com harmônia?
 
O morador do Conjunto Eduardo Gomes Jorge Filipe dos Santos utiliza há três meses a ciclovia da Rodovia João Bebe Água para fazer caminhada, e diz que ela além e beneficiar o ciclista possibilitou aos moradores da região maior qualidade de vida. Ele também acrescenta que pedestres e ciclitas podem conviver sem maiores problemas, mas salienta a importância de se ampliar as campanhas educativas para o uso otimizado das ciclovias.

Pedalando com segurança


Sinalização e as campanhas educativas
são as melhores formas de orientar pedestres, ciclitas e motoristas. 
Segundo a SMTT, o projeto que desenvolve o complexo cicloviário engloba a construção de ciclovias, instalação de bicicletários e realização de campanhas educativas, estas que desde 2007 vem sendo realizadas para o pedestre, ciclista e o motorista.

Ciclovia para ciclitas. E os pedestres?
Fabrício Lacerda reconhece que é preciso ampliar as campanhas educativas sobre o uso da ciclovia, mas diz que o município já vem desenvolvendo ações deste tipo, o que garante a segurança aos ciclistas e a conscientização da população de forma geral.

Ele acrescenta que a orientação é um elemento fundamental. “A SMTT já vem realizando palestras em escolas e empresas que informam os cidadãos sobre os principais cuidados que o ciclista deve ter no trânsito. Por que escolas e empresas? Porque nossa coordenação de ciclomobilidade verificou que mais de 90% dos trabalhadores que utilizam bicicletas como meio de transporte são funcionários ligados à construção civil”, explica ele.


Respeitar o trânsito é dever de todos!
 Ele explica que em 2009 a SMTT organizou a campanha denominada “Ciclismo Legal” que percorreu 24 bairros da Capital e obteve grande adesão da população, pois eram realizadas palestras e no final um passeio ciclístico. “O Ciclismo Legal foi muito importante para esclarecer o papel da ciclovia não só para Aracaju, mas também para seus municípios vizinhos. Porém reconhecemos que precisamos fazer mais para ampliar esta política”, finaliza ele.



Ciclovia tamém tem seus momentos de lazer.


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