Família que vive às margens da rodovia Osvaldo Aranha, relata como mantém o seu sustento com a produção artesanal há mais de uma década.
Por Arli Cassas, Dafnne Victoria, Suzanmelila Matos, Taiene Esmerim, Tatiana dos Santos
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Dona Ana dando o toque final as peças produzidas |
Há 20 anos, quando ocorreu uma invasão às margens da Avenida Chanceler Osvaldo Aranha, no bairro José Conrado de Aracaju, dona Ana Cristina da Silva, de 45 anos,deixou o estado de Pernambuco e chegou cheia de esperança em Aracaju. Nessa mesma época, um grupo de alagoanos, vindo de Maceió, em busca de novos horizontes se estabeleceu na região e iniciou a produção artesanal em gesso. Tempos depois, regressou ao estado natal. Foi a partir daí, que cerca de sete famílias decidiram continuar com a arte que tem encantado muitas pessoas, fazendo do ofício de encantar festas o sustento da família.
Hoje, 12 anos depois, dona Ana Cristina relembra o início de tudo e continua a todo vapor realizando-se profissionalmente todos os dias. Na casa simples, de número 1874 , as inúmeras peças, produzidas a base de gesso e água, chama atenção pelo esmero com que são trabalhadas. Detalhes que impressionam, cores que avivam nosso imaginário. “Tudo o que fazemos é com amor, porque o amor é à base de tudo”, diz, em largo sorriso a matriarca da família Silva.
Dona Ana Cristina, o sobrinho Wanderson Ricardo Santos da Silva, 20 e a filha Gilmara da Silva, 30, são os responsáveis pelas peças produzidas diariamente, de segunda a sábado, com uma carga horária que varia entre 8 a 10 horas. “Só não trabalhamos aos domingos. O nosso domingo é sagrado”, enfatiza a evangélica, que fala calmamente e sempre sorridente.

As peças produzidas pelo trio são sob encomendas, já que dona Ana confessa nunca ter participado de feira para expor os produtos, como também à procura pela revenda ser limitada. A unidade média do produto custa R$ 5 e a pequena é vendida por R$ 3. A Cinderela, Ben 10, Ursinho Puff, a Morangunho, a Gatinha Marie, Pica Pau, as Meninas Super Poderosas, Mickey, HelloKitty, Branca de Neve e o Homem Aranha, fulgura entre as peças mais procuradas. No entanto, o Palhaço é o frisson desta estação, sendo muito procurado para dar um up a mais as festas da garotada, e ainda podendo ser usado como cofre.

Dona Ana se diz realizada profissionalmente e confessa que não se vê fazendo outra coisa. “Já fiz inúmeros cursos, entre eles de cabeleireira, porém, foi no gesso que me descobri”, conta.
A trajetória de luta e perseverança de dona Ana se confunde com a história de muitos brasileiros, que dia após dia se reinventam, fazendo da labuta árdua para conseguir seus objetivos um grande aprendizado.
O gesso
Desde a antiguidade, o gesso tem estado presente no progresso do homem, tanto na construção como na decoração, ou ainda em campos como a medicina e a alimentação.
O gesso de estuque aparece como material de construção aplicado em paredes interiores de algumas pirâmides egípcias, com cerca de 5000 anos.
Na Península Ibérica generalizou-se o uso do gesso durante o período da ocupação romana. São ainda exemplos da sua aplicação, elementos ornamentais e de arquitetura muçulmana. No período românico o gesso foi empregue na elaboração de frescos para decoração de igrejas e capelas.
No século XIX, o gesso vai gradualmente incorporando a arquitetura civil como material de reboco e como elemento decorativo em palácios e vivendas.
As suas propriedades estéticas e mecânicas convertem-no na melhor escolha para a obtenção de conforto e qualidade de vida
O gesso com sua praticidade e diversidade vem dominando o mercado na área de decoração e construção civil para todos os ambientes.
Visite a artesã e conheça suas peças:
Avenida Osvaldo Aranha, nº. 1874, bairro José Conrado de Araújo.
Telefone: (79) 9856 3326
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