Por Eudorica Luciana, Osmar Rios, Joseilton Bispo, Helder Santos e Wallison Oliveira
Qual a diferença entre o mercado Thales Ferraz e o Albano Franco? Um passeio por entre eles poderia ser suficiente para que diversas impressões viessem a tona pelos sentidos. Nossa visão e olfato são os primeiros descritores do espaço.
Entre um mercado de carnes, peixes, legumes (Albano Franco) e um outro, com artefatos culturais a venda, fabricados em série para os que desejam consumir “uma cultura nordestina” ou sergipana (Tales Ferraz), podemos perceber algumas semelhanças no passado e diferenças no presente. Ambos foram criados, em sua origem, para realizarem atividades aparentemente iguais. Os usos se transformaram com a história e hoje o Thales Ferraz, que seria um mercado de carnes, frutas e legumes, se transformou em espaço de consumo de uma cultura mediada pela industria turística. Nisso outros produtos entram em cena, que diferenciam os dois mercados e que remete para além, também, de suas diferenças arquitetônicas.
O que se vende no Thales Ferraz é uma representação do passado. O passado se transforma em produto e o mercado em espaço de consumo. Nesse sentido, as narrativas históricas tentam circunscrever visualmente o espaço como um monumento histórico. Mas, a origem, que tanto se despreza no outro mercado (sujeira, odor, tipos, produtos), não compõe mais a narrativa sobre o Tales Ferraz.
A (re)forma do Thales Ferraz não é um fenômeno isolado no Brasil, se insere nas questões que movimentam os centros históricos no país mediados pelos programas de revitalização, cujo os usos são redefinidos em razão do produto que se pretende expor (passado).
O atrativo histórico movimenta a economia, permitindo que diversos comerciantes sobrevivam dele. São submetidos a um processo maior normatizador, mais efetivo que os outros mercados, de forma que policiamento, condutas e territórios de comércio são vigiados de forma diferenciadas.
Desse modo, o desafio aos gestores se faz de modo duplo. Preservar o sentido histórico do patrimônio, como memória de uma sociedade e garantir que sejam espaços sejam geradores de emprego e renda.
A história do Thales Ferraz
A origem
O mercado Thales Ferraz foi construído em 1948, com a função de auxiliar o Mercado Antonio Franco que já não dava conta das necessidades da população local. Seu nome é uma homenagem ao industriário homônimo (Thales Ferraz) era também conhecido como mercado novo.
Revitalização
Seu processo de revitalização incluiu também o centro histórico, o Mercado Antonio Franco e a reurbanização e paisagismo dos largos Misael Mendonça e Manoel M. Cardoso. No total, foram gastos 2.174.754,76 reais. Com a restauração, foram disponibilizados 272 pontos comerciais - bares, restaurantes, lanchonetes, lojas de artesanato, mercearias, confecções e comércio complementar (casa lotérico, farmácia, barbearia, etc) - com condições de higiene e sanitária.
O Mercado Thales Ferraz é parte do patrimônio edificado de Aracaju e se insere no contexto de sua evolução urbanística. Ficam no centro da cidade tendo sido previsto em 1855. O centro deveria ter a forma de um traçado com linhas entrecruzadas, como um motivo xadrez – a posição dos mercados e seu estilo arquitetônico estão em harmonia com o projeto inicial.
O Mercado Antônio Franco provia a população de gêneros alimentícios, que até sua construção só eram vendidos em feiras livres móveis. Com o crescimento da capital, tornou-se necessário ampliar o espaço, e assim foi construído o mercado “auxiliar” Thales Ferraz.
Em 1999 iniciou-se um processo de revitalização da área, e atualmente os mercados são usados como centros culturais e de feiras artesanais e de culinária regional. Não são tombados em nenhuma das esferas públicas.
O Mercado Thales Ferraz é parte do patrimônio edificado de Aracaju e se insere no contexto de sua evolução urbanística. Ficam no centro da cidade tendo sido previsto em 1855. O centro deveria ter a forma de um traçado com linhas entrecruzadas, como um motivo xadrez – a posição dos mercados e seu estilo arquitetônico estão em harmonia com o projeto inicial.
O Mercado Antônio Franco provia a população de gêneros alimentícios, que até sua construção só eram vendidos em feiras livres móveis. Com o crescimento da capital, tornou-se necessário ampliar o espaço, e assim foi construído o mercado “auxiliar” Thales Ferraz.
Em 1999 iniciou-se um processo de revitalização da área, e atualmente os mercados são usados como centros culturais e de feiras artesanais e de culinária regional. Não são tombados em nenhuma das esferas públicas.
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