Centro de cultura e arte J. Inácio
O Centro de Arte e Cultura J. Inácio conta com 8 boxes e um show room, espaços onde o turista e/ou sergipanos encontram peças artesanais organizadas por tipologia. Salas de artesanato de palha, de bordados, de cerâmica e derivados são encontrados no Centro. Já o show room é utilizado para as peças de grande porte, como móveis rústicos.
O artesanato exposto no Centro é essencialmente sergipano, critério definido desde sua fundação em 2004 para que o turista tenha garantias de estar adquirindo o artesanato de Sergipe. Ao mesmo tempo, o artesão do Estado tem um espaço específico para divulgação de sua arte. Atualmente cerca de 100 artesãos expõem seus produtos no Centro.
Na sala itinerante está em exposição o Artesanato feito em MDF pelo Ateliê de Marta Menezes e Raquel Gurgel, as peças expostas são de alunas que participam do curso de pintura em madeira, segundo Marta essas exposições são feita duas vezes ao ano, durante o dia das mães e no final do ano.
A professora e também artesã Raquel Gurgel, falou que as turmas são heterogêneas e os alunos não precisam ter habilidades para pintura, “Com um pouco de paciência eles vão aprendendo aos poucos a arte de pintar em madeira”, disse.
O artesanato em exposição é bem diversificado e cada aluna, faz um trabalho singular, são caixas de presente, porta jóia, espelho, porta bolsas, entre outras coisas.
Literatura de Cordéis
Uma das exposições que fica permanente no Centro de Cultura e a dos Cordéis, tendo como responsável o senhor Pedro Amaral do Nascimento. Lá os visitantes podem comprar cordel feito pelo próprio Pedro Amaral e Família, assim também como de outros autores.
O cordelista veio de Pernambuco e de lá trouxe o dom de fazer as rimas. Faz cordéis desde os treze anos de idade e além de escrever cordéis, também faz oficinas e palestras. “É preciso incentivar a literatura de cordéis para que essa arte não morra”. Falou o cordelista. Uma das oficinas de cordéis ministradas por ele funciona na Biblioteca Epifânio Dórea.
O Senhor Pedro diz ter orgulho do trabalho que faz há 50 anos e acha importante que os mais novos se interessem também por essa arte que segundo ele é fácil de fazer.
“As coisas do mundo não há quem possa entender
“As coisas do mundo não há quem possa entender
Velho ninguém quer ficar
Novo ninguém quer morrer
Como não temos outro jeito
Melhor é viver.
”Os cordéis expostos são produzidos também em família, “Surge uma assunto qualquer e logo vira cordel”, disse. Sua filha Izabel Nascimento e sua esposa Ana Santana do Nascimento também escrevem cordéis.
”Os cordéis expostos são produzidos também em família, “Surge uma assunto qualquer e logo vira cordel”, disse. Sua filha Izabel Nascimento e sua esposa Ana Santana do Nascimento também escrevem cordéis.
Entre os diversos trabalhos produzidos por Pedro tem um livro dedicado ao Papa João Paulo II, intitulado JOÃO PAULO II E PONTIFICADO DE JOÃO PAULO II. O livro foi enviado ao Papa, e como resposta o cordelista recebeu uma carta de agradecimento do Vaticano em 18 de maio de 2007. Carta essa que ele disponibiliza para quer quiser ver na sua banca de Cordel.
Seus cordéis além de conter assuntos do cotidiano e sobre lendas, tem uma preocupação com a preservação da natureza, saúde, atualidades, entre outros temas.
Alguns dos Cordéis feitos por ele:
· O dia do professor
· Paginas da bíblia
· Quem acende um cigarro esta perdendo um pedaço da vida
· Paz
· Aquecimento global
· O que é cooperativista?
· Soldado também é gente
· A procura da felicidade
· A didática do cordel
· A sombra
· Mil vezes ficar solteira
· O natal de todos
· Cordel de pai e filha (escrito por ele e sua filha Izabel)
· As rosas do meu jardim
· Porque as roseiras têm espinho?
· História de Aracaju
Um pouco sobre a literatura de cordel
A literatura de cordel é uma espécie de poesia popular que é impressa e divulgada em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. Também são utilizados desenhos e clichês zincografados. Ganhou este nome, pois, em Portugal, eram expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas.
A literatura de cordel chegou ao Brasil no século XVIII, através dos portugueses. Aos poucos, foi se tornando cada vez mais popular. Nos dias de hoje, podemos encontrar este tipo de literatura, principalmente na região Nordeste do Brasil, que ainda são vendidos em lonas ou malas estendidas em feiras populares.
De custo baixo, geralmente estes pequenos livros são vendidos pelos próprios autores. Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba, Sergipe e Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da região. Os principais assuntos retratados nos livretos são: festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, vida dos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades etc.
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