Por Andreza, Daniel, Diogo, Edson, Fabrício, Jeferson
Ciclistas fantasiados chamam a atenção dos motoristas e pedestres para o compartilhamento e uso democrático das vias da capital
Bruxas, fadas, enfermeiras e palhaços. Tinha fantasias para todos os gostos, tamanhos e estilos na 3ª edição do Bike Fantasy, realizado no último domingo, 30, pelo Movimento Bicicletada Aracaju. O evento reuniu ciclistas que desfilaram pelas principais ruas e avenidas da capital, com o objetivo de conscientizar condutores e pedestres sobre a viabilidade do compartilhamento do espaço viário entre os veículos motorizados e os transportes alternativos.
Formado há cerca de quatro anos, o grupo Bicicletada Aracaju se encontra, sempre no último domingo de cada mês, para promover encontros e atividades de ciclismo entre os praticantes do esporte na cidade. Segundo Tiago Alves, um dos organizadores do evento, o grupo é caracterizado por ser um movimento horizontal, sem estabelecer lideranças e vínculos com quaisquer atividades de fins lucrativos.
“O objetivo é chamar a atenção da população sobre os benefícios da bicicleta como um veículo de transporte sustentável que ajuda tanto no condicionamento físico, como na melhoria do estado de saúde das pessoas. Por isso, é importante promover espaços e atividades que reforcem a importância do ciclismo em Aracaju, seja na luta por melhores ciclovias, na construção de bicicletários e em campanhas de incentivo para aumentar o número de praticantes”, explica Tiago.
Conscientização
Cerca de 50 pessoas, entre adultos, idosos e crianças, estiveram concentrados no Calçadão da Praia 13 de Julho, para dar início ao percurso de aproximadamente duas horas de relógio. Em geral, os organizadores tentam manter o mesmo nível de velocidade entre os participantes, como uma forma de não deixar nenhum membro para trás e estabelecer um ritmo coeso para todo o grupo. Durante o passeio, algumas paradas eram realizadas em sinaleiras localizadas ao longo do trajeto, com a finalidade de entregar panfletos e conversar com os condutores presentes no local.
Luciano Aranha, um dos mais antigos organizadores do grupo, explica que a intenção da conversa é sensibilizar os motoristas sobre a possibilidade de coexistência pacífica nas vias entre carros e bicicletas. “Os motoristas devem entender que o ciclista não é um condutor invisível. Pelo contrário, devemos ser respeitados com o mesmo tratamento oferecido aos outros condutores motorizados. Em especial, sobre a questão da distância mínima de segurança entre os veículos e bicicletas”, afirma.
Aprovação
A animação era contagiante entre os participantes do Bike Fantasy. Na opinião das amigas Selma Dantas e Selma Freitas, o evento é uma excelente oportunidade para aproximar pessoas com gostos parecidos, além de estimular a prática do ciclismo entre a população.
“Aqui, foi possível encontrar pessoas que também gostam de pedalar e são freqüentadores assíduos da prática ciclística. A gente mesmo, por exemplo, acabou se conhecendo durante um dos eventos promovidos pelo grupo e, a cada dia, o nosso círculo de amizades vem crescendo durante os encontros de ciclismo que participamos”, explicam as amigas.
Já para a mãe e filha, Adriana e Adriele Gomes, atividades de ciclismo ajudam a atrair novos adeptos para a prática e reduzir o número de motoristas nas ruas. “As pessoas começam a se tocar que é possível andar nas ruas sem a necessidade de usar sempre os carros. A bicicleta é um veículo menos poluente, ajuda a manter a boa forma e a promover uma melhoria na qualidade de vida das pessoas”, opinam.
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